Superação no gramado: a trajetória emocionante de Argel, da dor à garra dentro de campo
Em uma conversa emocionante ao Portal R7, Argel abriu o coração e contou como a perda de seu pai, assassinado quando ele tinha apenas 18 anos, foi o ponto de virada em sua vida. “Assumi a responsabilidade pela minha família, tudo passou a depender de mim”, relembrou. A partir daquele momento, o futebol deixou de ser apenas um sonho para se tornar um compromisso de sobrevivência e honra ao legado de seu pai, que acreditava firmemente no talento do filho. Cada jogo passou a ser, como ele define, uma batalha pessoal.
Reconhecido por sua entrega e força em campo, Argel construiu uma sólida carreira como zagueiro, com passagens por clubes como Internacional, Santos, Palmeiras, Benfica e Porto, além da Seleção Brasileira. Apesar das conquistas — foram 11 títulos —, a lembrança mais dolorosa segue viva: a final da Libertadores de 2000. “Chorei demais. Lutamos até o fim, mas perdemos nos pênaltis. Foi devastador”, contou sobre a derrota diante do Boca Juniors no Morumbi. Mesmo quando já estava negociado com o Benfica, retornou ao Palmeiras em 2001 para tentar ajudar a equipe, que novamente caiu nos pênaltis para os argentinos.
Hoje com 50 anos, Argel vive uma jornada intensa como treinador, com passagens por mais de 30 clubes. “Talvez tenha aceitado convites que não deveria, mas não consigo ficar parado. Sou movido pela paixão de estar dentro do futebol“, afirmou. Inspirado por nomes como Felipão, Mourinho e Abel Braga, ele segue determinado a trabalhar, afirmando que agora está mais seletivo. Argel resume sua trajetória com uma certeza: tudo o que fez foi pelos seus.