Mulher é presa suspeita de enviar ovo de Páscoa envenenado que matou criança

Uma mulher foi presa na tarde de quinta-feira, 17 de abril, suspeita de ter enviado um ovo de Páscoa envenenado para uma família em Imperatriz, no sudoeste do Maranhão. O caso causou grande comoção na cidade após a morte de uma criança de 7 anos e a internação em estado grave da mãe e da irmã, ambas entubadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Imperatriz (HMI).

O ovo de Páscoa foi entregue à família na noite de quarta-feira, 16 de abril, por um motoboy, como se fosse um presente anônimo. Junto com o doce, havia um bilhete com a mensagem:
“Com amor, feliz Páscoa.”
Pouco tempo depois, a mãe da criança recebeu uma ligação de uma mulher não identificada, perguntando se ela havia recebido o presente. A ligação foi encerrada sem mais esclarecimentos.

O menino de 7 anos foi o primeiro a apresentar sintomas após consumir o ovo. Ele começou a passar mal e foi levado com urgência ao hospital pelo pai. A criança chegou a ser entubada, mas não resistiu e morreu horas depois.

Logo após a internação do menino, a mãe também começou a apresentar sinais de intoxicação, como mãos arroxeadas e dificuldade para respirar. Ela foi internada na UTI. Em seguida, a filha mais velha, de 13 anos, que também havia comido o chocolate, deu entrada no hospital com sintomas semelhantes e foi entubada. Ambas seguem em estado grave.

A mulher presa é ex-namorada do atual companheiro da vítima, o que reforça uma possível motivação passional para o crime, segundo apuração preliminar. Ela foi localizada em Santa Inês, no Médio Mearim maranhense, e presa dentro de um ônibus interurbano durante uma operação da Polícia Civil do Maranhão, em conjunto com o Centro de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Amostras do ovo foram recolhidas e enviadas ao Instituto de Criminalística de Imperatriz (Icrim) para análise pericial. O objetivo é identificar a substância que pode ter provocado o envenenamento e confirmar ou não a presença de toxinas no alimento.

A Polícia Civil informou que trata o caso com prioridade máxima devido à gravidade e à comoção causada. O caso segue sob investigação, e a motivação exata ainda está sendo apurada. A polícia não descarta nenhuma linha de investigação e aguarda os laudos técnicos que podem comprovar o envenenamento.

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