Desmantelado esquema de venda de dados com prisão de jovem hacker no interior do RS

Um jovem de 22 anos foi preso na cidade de Três Passos, no Rio Grande do Sul, sob suspeita de operar uma das maiores plataformas ilegais de venda de dados pessoais no país. A ação foi conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal, que cumpre a segunda fase da operação batizada de DarkCode. O investigado, conhecido no submundo digital como “Code”, é apontado como desenvolvedor do site MaxBuscas, desativado recentemente pelas autoridades.

Durante a operação, os policiais apreenderam celulares, computadores, um veículo e uma quantia em dinheiro ainda não divulgada, além de bloquearem contas bancárias ligadas ao suspeito. Segundo a investigação, “Code” criou mecanismos que facilitavam o acesso clandestino a sistemas governamentais, extraindo informações sigilosas com alto grau de sofisticação. O delegado Eduardo Dal Fabro descreveu o jovem como “autodidata e extremamente inteligente”, destacando a discrição com que agia.

O MaxBuscas era uma plataforma utilizada por golpistas para consultar dados como CPF, vínculos familiares, renda e informações bancárias. O site servia como ferramenta para facilitar fraudes digitais, como o golpe da falsa central de atendimento, onde os criminosos têm acesso completo ao perfil da vítima. Essa prática intensificava os danos causados por crimes cibernéticos e dificultava o rastreio dos responsáveis.

O suspeito deverá responder por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, receptação qualificada e invasão de dispositivos informáticos, com pena que pode chegar a 24 anos de reclusão. A polícia considera essa prisão um avanço importante no combate ao comércio ilegal de dados e promete manter o foco em ações que desarticulem plataformas similares. A primeira fase da investigação, chamada de Darkspot, já havia prendido três pessoas envolvidas no esquema.

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