Irmãos recebem alta após transplantes de medula bem-sucedidos na Santa Casa
Procedimentos foram realizados em fevereiro no Hospital Dom Vicente Scherer, em Porto Alegre

Março foi um mês especial para a Santa Casa de Porto Alegre e, principalmente, para os irmãos Simoni e Jair Sulzbach. Ambos receberam alta hospitalar com poucos dias de diferença, após passarem por transplantes de medula bem-sucedidos no Hospital Dom Vicente Scherer.
A jornada dos irmãos começou em junho de 2024, quando Simoni Maria Sulzbach, de 45 anos, foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda. Três meses depois, seu irmão, Jair Inácio Sulzbach, de 48 anos, teve recaída do linfoma não Hodgkin, após um período de remissão.
Diante do diagnóstico, ambos precisavam do transplante de medula, um desafio que se tornou um momento de união e força para a família. “Os dias são compridos, mas ter meu irmão ali deixou tudo mais leve. Tenho certeza da nossa recuperação. Logo, logo estaremos comemorando juntos“, disse Simoni, que trabalha como atendente farmacêutica e mora, assim como Jair, em Estrela, no Vale do Taquari.
Tratamentos distintos, mesma luta pela vida
A hematologista Caroline Pellicioli Brun, do setor de Transplante de Medula Óssea da Santa Casa, explicou que os irmãos passaram por procedimentos distintos. Simoni encontrou um doador compatível na Alemanha, enquanto Jair realizou um transplante autólogo, em que o próprio paciente é o doador. “Os dois seguiram em avaliação na Santa Casa e, por coincidência, internaram no mesmo período e no mesmo quarto para realizarem cada um o seu transplante”, relatou a médica.
Os procedimentos foram realizados em fevereiro, e a alta hospitalar chegou em março, marcando o início de uma nova fase de recuperação e esperança.
Nova chance e gratidão
A experiência de passarem pelo tratamento juntos fortaleceu ainda mais os laços familiares. “Incentivo que todos se declarem doadores. Essa atitude salva vidas. Muita alegria e agradecimento a todos”, declarou Simoni.
Já Jair, que é empresário, vê essa nova chance como um recomeço. Ele já planeja a celebração de seus 49 anos. “A recuperação vamos celebrar todos os dias. Enxergamos a vida lá fora de um jeito diferente“, afirmou.
A história dos irmãos Sulzbach reforça a importância da doação de medula óssea e da esperança na luta contra doenças graves.