Estado investiu R$ 1 milhão para recuperar as instalações do Instituto Estadual de Educação Paulo Freire

Estruturas foram severamente atingidas pelas enchentes de 2023 e 2024 e ainda receberão melhorias complementares

O governo investiu R$ 1 milhão para que os prédios do Instituto Estadual de Educação Paulo Freire, em São Sebastião do Caí, estivessem prontos para receber os alunos no início do ano letivo, nesta quinta-feira (13/2). Os recursos viabilizaram as recuperações coordenadas pela Secretaria de Obras Públicas (SOP), após a escola ser severamente atingida pelas enchentes de 2023 e 2024, que deixaram muitos estragos. No ano passado, a água superou a altura das portas da escola. Quando baixou, apareceu a dimensão do estrago: lama por todos os lados, móveis revirados, livros e registros perdidos, equipamentos estragados e muita sujeira.

“Há um significado muito especial em estarmos nesta escola no início do ano letivo. Aqui, podemos ver a materialização do trabalho que o governo do Estado realizou incansavelmente para entregar à comunidade um espaço de ensino renovado e acolhedor”, comentou a titular da SOP, Izabel Matte. “O cenário do Instituto Paulo Freire após as enchentes era desolador. Por isso, encontrá-lo desta forma, com seus alunos e professores novamente circulando em seus corredores, nos dá a certeza de que a recuperação dos locais atingidos está sendo realizada da melhor forma possível.”

Até agora, o Estado destinou R$ 182,5 milhões na recuperação das escolas afetadas pelas enchentes. Por meio da SOP, R$ 70 milhões viabilizaram obras que estão em fase de contratação, por iniciar, em execução ou concluídas, totalizando 134 demandas atendidas em 117 instituições. A Secretaria da Educação (Seduc) investiu R$ 72,24 milhões do Programa Agiliza – Parcela Eventual Eventos Meteorológicos e R$ 40,3 milhões para aquisição de mobiliário e equipamentos para as escolas afetadas.

IEE Paulo Freire fevereiro de 2025
Reforma beneficia 360 alunos, 50 professores e nove funcionários nessa nova fase do instituto – Foto: Luís André/Secom

“Além dos bens materiais, afetou o emocional tanto dos alunos quanto dos professores”, ressaltou a diretora Márcia Regina Noll Rocha, lembrando que muitas pessoas da comunidade escolar tiveram suas casas atingidas.

Com mais de 60 anos, o Instituto Paulo Freire é um importante formador de educadores, oferecendo os ensinos Fundamental e Médio e Curso Normal. Para que o processo de aprendizagem não parasse devido à impossibilidade de uso da escola, os professores encaminharam os conteúdos de maneira remota aos alunos, até que fosse possível o retorno das atividades presenciais.

No início de setembro, começaram as obras de reforma emergencial. A recuperação contou com reparos nas instalações elétricas e nas paredes, substituições de pisos e portas, pinturas internas e nas áreas de circulação e substituição da cobertura de um dos blocos. A obra foi executada pela Cetus Construtora e fiscalizada pela 2ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop), de Novo Hamburgo.

O instituto fica próximo ao rio Caí, que subiu e atingiu todos os dez blocos térreos. Ainda em maio, nos primeiros dias da catástrofe, o governador Eduardo Leite esteve no município e visitou o Paulo Freire, ouvindo relatos e verificando a extensão dos estragos. Assim que as águas permitiram, começaram os reparos para que houvesse condições de as aulas retornarem. 

O Paulo Freire está recuperado para o início do ano letivo, mas as obras não param. Até abril de 2026, o governo investirá R$ 3,3 milhões em reparos complementares, propiciando um ambiente lúdico e acolhedor, completamente renovado. Serão realizados serviços como a reforma completa do ginásio de esportes, a revitalização das áreas externas de lazer e outras manutenções em blocos da escola.

Nesta etapa, a escola será atendida pela contratação simplificada, sistema que dá mais agilidade à manutenção dos prédios da Rede Estadual de ensino, reduzindo o tempo entre a solicitação da demanda e o início da obra. As licitações são feitas por lotes, conforme a área de abrangência das Crops, bastando acionar a empresa pré-contratada e demandar o serviço necessário em um “catálogo” à disposição da SOP. Lançado em março de 2024, o modelo gradualmente se expandiu para todas as regiões do Estado, um planejamento que precisou ser refeito em maio para priorizar os locais mais atingidos pelas águas.

Com isso, os 360 alunos, 50 professores e nove funcionários se tornam protagonistas da nova fase do instituto, que passa a ser um marco da capacidade que o Rio Grande do Sul teve de se reerguer após as enchentes e da priorização da educação pela gestão Eduardo Leite.

Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul

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