IGP do RS utiliza tecnologia avançada para desvendar crime do bolo envenenado
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) desempenhou papel essencial na solução do caso do bolo envenenado em Torres, que resultou na morte de três pessoas e ganhou repercussão nacional. Utilizando análises químicas e toxicológicas, as investigações confirmaram a presença de arsênio em níveis extremamente elevados no alimento, descartando hipóteses de contaminação acidental.
De acordo com a perícia, a farinha utilizada no bolo continha 65 gramas de arsênio por quilograma, um nível 2.700 vezes maior do que o encontrado no alimento pronto. Ao todo, mais de 90 amostras foram analisadas com o apoio do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do RS, assegurando resultados rápidos e precisos.
Além disso, exumações realizadas durante a investigação revelaram que o sogro da suspeita também foi vítima de envenenamento, reforçando as evidências contra a investigada, que está presa desde o dia 5 de janeiro. A mulher poderá responder por homicídios triplamente qualificados e tentativas de homicídio.
A tecnologia empregada no caso incluiu um avançado equipamento de fluorescência de raio X (XRF), capaz de identificar a presença de metais, como o arsênio, em alta precisão. Este recurso, aliado ao trabalho integrado da perícia criminal, foi fundamental para esclarecer o caso e identificar possíveis novas vítimas.