Brasileiros deixam bilhões esquecidos no sistema financeiro; saiba como consultar

Mais de R$ 8,69 bilhões ainda aguardam resgate, com maioria dos beneficiários tendo direito a pequenas quantias

O Banco Central informou que até novembro de 2024, cerca de R$ 8,69 bilhões permaneciam esquecidos no Sistema de Valores a Receber (SVR), aguardando o resgate de milhões de brasileiros. A maior parte desses valores é de pequenas quantias: 64,88% dos beneficiários têm direito a até R$ 10, enquanto apenas 1,75% podem retirar mais de R$ 1 mil. Apesar de mais de 27 milhões de resgates já terem sido realizados, esse número representa apenas 36,15% dos correntistas incluídos no programa desde fevereiro de 2022.

Entre os resgatantes, 25,2 milhões são pessoas físicas e 2,1 milhões são empresas, destacando que muitos ainda não buscaram seus recursos. O repasse dos valores esquecidos ao Tesouro Nacional, realizado em outubro de 2024, destinou-se a compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027. No entanto, os montantes ainda podem ser requisitados judicialmente dentro de um prazo de 25 anos. Caso contrário, eles serão incorporados definitivamente ao patrimônio da União.

Com novas regras implementadas, o SVR agora permite a consulta de valores por empresas encerradas e por herdeiros de pessoas falecidas. Para isso, representantes legais podem utilizar suas contas pessoais Gov.br (nível ouro ou prata) para acessar informações e solicitar os valores. Desde 2023, outras fontes de recursos também foram incluídas no sistema, como contas encerradas e tarifas cobradas indevidamente, ampliando a gama de possibilidades de resgate.

Por fim, o Banco Central alerta sobre golpes relacionados ao SVR. Todos os serviços do sistema são gratuitos, e o órgão não envia links nem solicita dados pessoais. O BC reforça que apenas as instituições financeiras listadas na consulta têm permissão para contatar os beneficiários. A população deve estar atenta para evitar fraudes e garantir a segurança na retirada dos valores esquecidos.

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