24 horas depois: O que se sabe sobre as causas da tragédia em Gramado e quem eram os Galeazzi

O município de Gramado, no Rio Grande do Sul, vive um clima de tristeza após o desastre aéreo que tirou a vida de dez pessoas no domingo, 22 de dezembro. O pequeno avião Piper Cheyenne, pilotado pelo empresário Luiz Cláudio Galeazzi, caiu minutos após decolar de Canela, atingindo um prédio comercial e causando ferimentos em 17 pessoas no solo, duas delas em estado grave. A tragédia mobilizou equipes de resgate, que trabalharam ao longo do dia na remoção dos destroços e dos corpos.

As vítimas eram todas da mesma família, incluindo o piloto Luiz Cláudio Galeazzi, CEO da Galeazzi & Associados, sua esposa, Tatiana Natucci Niro, e seus três filhos. Eles estavam acompanhados por parentes, entre eles a sogra, a cunhada e outros familiares próximos, totalizando dez pessoas a bordo. A família, que residia em Jundiaí (SP), estava em Gramado para um passeio desde a sexta-feira, dia 20. O impacto da tragédia foi amplificado pelo fato de ocorrer em um período de intensa movimentação turística na região, devido ao evento Natal Luz.

Segundo investigações preliminares, a aeronave decolou sob condições climáticas adversas, com chuva e neblina, e o Aeroporto de Canela, que não possui torre de controle, estava fechado. Após a decolagem, o avião fez uma curva e colidiu com o topo de um prédio na Avenida Central, caindo sobre uma loja e atingindo uma pousada e uma residência. As autoridades aeronáuticas, lideradas pelo Cenipa, investigam os fatores que contribuíram para o acidente, incluindo possíveis falhas humanas ou mecânicas.

A cidade de Gramado decretou luto oficial, e parte da programação do Natal Luz foi suspensa em respeito às vítimas. As duas mulheres gravemente feridas, que estavam na pousada atingida, seguem hospitalizadas em Porto Alegre. O restante dos feridos foi liberado após atendimento em hospitais locais. A tragédia marca um dos acidentes mais graves da história recente da região, deixando um impacto profundo em moradores e turistas.

Leia também:  Homem morre em acidente de trabalho no interior de São Borja

A tragédia também levantou questionamentos sobre a segurança no Aeroporto de Canela, que opera sem torre de controle e depende exclusivamente das decisões dos pilotos. Especialistas apontam que as condições meteorológicas no momento da decolagem eram inadequadas para um voo seguro. A falta de um sistema de controle no local pode ter sido um fator que contribuiu para o acidente, uma vez que cabe ao piloto avaliar a viabilidade do voo em condições adversas. O Cenipa está analisando essas circunstâncias para emitir um relatório detalhado e propor medidas para evitar novos desastres.

A família Galeazzi era amplamente conhecida tanto em Jundiaí, cidade de origem, quanto no Rio Grande do Sul, devido à atuação de Luiz Cláudio Galeazzi como empresário de destaque. CEO da Galeazzi & Associados, ele tinha uma carreira consolidada em consultoria empresarial e também era sócio de uma fábrica de cadernos no estado gaúcho. A tragédia abalou não apenas amigos e familiares próximos, mas também colegas de trabalho e a comunidade empresarial, que lamentaram a perda de um líder visionário.

Além do impacto emocional, os danos materiais causados pela queda do avião também foram expressivos. A loja atingida no acidente ficou completamente destruída, assim como parte da pousada e da residência próximas. O poder público local está coordenando a assistência às vítimas indiretas, como os funcionários dos estabelecimentos danificados e as pessoas que ficaram feridas no solo. A tragédia, ocorrendo em um período de alta temporada turística, reforça a necessidade de revisar protocolos de segurança em aeroportos que servem regiões com grande fluxo de visitantes.

Receba as notícias da Studio via WhatsApp

Receba as notícias da Studio via Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo