No sábado, 12 de abril, cientistas britânicos revelaram que o segredo para prolongar a vida humana e manter a fertilidade pode estar no DNA das abelhas rainhas. A pesquisa, conduzida por especialistas da Agência de Pesquisa Avançada + Invenção (Aria), do Reino Unido, busca entender como esses insetos conseguem viver por anos, ao contrário das operárias que sobrevivem apenas por alguns meses — mesmo compartilhando praticamente o mesmo código genético.
A grande diferença, segundo os cientistas, está na forma como o DNA se manifesta. As abelhas rainhas mantêm a longevidade e fertilidade ao longo de suas vidas, o que levanta hipóteses promissoras para o desenvolvimento de tratamentos e estratégias para prolongar a vida dos seres humanos.
Além das abelhas, o estudo se estende a outros insetos sociais como formigas, vespas e cupins, que também apresentam fenótipos diferenciados com base em funções na colônia. Um dos experimentos recentes envolveu o transplante de micróbios intestinais das rainhas para as operárias, e os resultados apontam para aumento na expectativa de vida.
A Aria, inspirada na norte-americana DARPA, também lidera outras pesquisas inovadoras, incluindo o fortalecimento do sistema imunológico para combater doenças infecciosas, câncer e enfermidades autoimunes. A agência trabalha com prazos entre três e cinco anos para esses projetos, com possibilidade de extensão.
Outro campo de estudo promissor busca alternativas sustentáveis ao plástico, com base em materiais inspirados na natureza, com foco em resiliência e adaptabilidade.
Apesar do DNA quase idêntico entre rainhas e operárias, os cientistas acreditam que há um fator ainda desconhecido nas rainhas que garante sua longevidade e fertilidade. Desvendar esse mistério pode ser o caminho para revolucionar a medicina humana.
Com informações de Só Notícia Boa.