Operação Sísifo desmantela organização criminosa com movimentação de mais de R$ 40 milhões no RS

Ação da Polícia Civil resulta em 15 presos, apreensão de bens de luxo e bloqueio de ativos em contas bancárias

Mais de 250 policiais civis participaram da Operação Sísifo, deflagrada nesta quinta-feira (09/04) pela 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos do DEIC (1ªDR/DEIC). A ação teve como objetivo combater crimes de agiotagem, extorsão, tortura e lavagem de capitais no estado do Rio Grande do Sul.

Foram cumpridos mandados judiciais em oito cidades: Porto Alegre, Alvorada, Gravataí, Tramandaí, Viamão, Cachoeirinha, Canoas e Guaíba. No total, a operação mobilizou 65 viaturas para o cumprimento de 18 mandados de prisão preventiva, 54 mandados de busca e apreensão domiciliar, 96 sequestros de bens móveis, sequestro de uma embarcação, 22 cautelares de sequestro de bens imóveis e 41 bloqueios de ativos em contas bancárias.

Resultados expressivos marcaram a ofensiva: 15 pessoas foram presas, e houve a apreensão de diversos veículos, quatro embarcações, mais de R$ 170 mil em espécie, eletrônicos e 10 imóveis.

A investigação teve início após o furto qualificado de uma agência bancária em janeiro de 2023, que resultou na subtração de mais de meio milhão de reais. Durante as diligências, a Polícia Civil identificou uma organização criminosa estruturada, especializada em extorsão, tortura e lavagem de dinheiro.

Mais de 40 pessoas, físicas e jurídicas, foram identificadas como integrantes do grupo. Eles utilizavam anúncios em aplicativos de mensagens para buscar informações sobre devedores, oferecendo até recompensas para quem revelasse o paradeiro das vítimas. Após localizá-las, o grupo iniciava agressões físicas e psicológicas, filmadas como forma de intimidação a outros devedores.

A investigação revelou ainda que a organização movimentou mais de R$ 40 milhões por meio de contas bancárias, ocultando patrimônio através de aquisição de bens em nomes de terceiros e utilização de empresa de eventos para lavar o dinheiro ilícito.

Segundo o delegado João Paulo de Abreu, titular da 1ª DR DEIC, os criminosos utilizavam o crime de agiotagem para ampliar seus lucros, retroalimentando a economia do crime. “Nossa operação foi complexa e muito importante para desbaratar a organização criminosa”, afirmou.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo