Ministério Público relata brutalidade extrema e motivação torpe em crime contra criança de cinco anos
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça de São Gabriel, denunciou nesta segunda-feira, 28 de abril, o pai que atirou o filho, de cinco anos, de uma ponte no município de São Gabriel, na Região Central do Estado. O homem foi denunciado por homicídio seis vezes qualificado, tentativa de homicídio cinco vezes qualificado e ameaça.
Entre as qualificadoras do homicídio estão: motivo torpe, meio cruel, traição e dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima, cometimento para ocultar outro crime e por ter sido praticado contra menor de 14 anos. Como majorante, considera-se o fato de o crime ter sido praticado contra descendente. As qualificadoras da tentativa de homicídio seguem a mesma linha, incluindo emprego de asfixia.
A denúncia
Segundo a denúncia, no último dia 25 de março, o pai, com a intenção de matar a criança, saiu de casa com o filho simulando um passeio de bicicleta. Durante o trajeto, procurou um local para cometer o crime e, ao chegar à ponte sobre o Rio Vacacaí, arremessou o menino, que caiu sobre as pedras, sofrendo lesões graves e traumatismo crânio-encefálico, que causaram sua morte.
O crime foi cometido por motivo torpe, para causar sofrimento à ex-companheira, mãe da criança, em razão de seu novo relacionamento amoroso. O ato, descrito como de extrema brutalidade e ausência total de piedade, incluiu o uso de meio cruel, ao lançar o filho vivo e consciente de uma altura significativa.
A denúncia, assinada pela promotora Maria Fernanda Rabelo Ramalho, destaca que o crime foi cometido mediante traição e dissimulação, pois o pai traiu a confiança do filho ao simular um passeio. O uso de surpresa dificultou qualquer possibilidade de defesa da vítima.
Ainda segundo o MPRS, o crime teve como finalidade ocultar uma tentativa anterior de homicídio, ocorrida no dia anterior, quando o homem teria esganado o menino até que ele desmaiasse, sem consumar a morte por circunstâncias alheias à sua vontade.
Além disso, o acusado foi denunciado por ameaça, tendo enviado, no dia 24 de março, mensagens intimidatórias à ex-companheira: “eu vou infernizar a tua vida daqui para frente agora” e “tu mexeu com o ‘homi’ errado”, configurando violência doméstica e familiar.
A promotora ressalta que os crimes foram motivados por vingança e cometidos com extrema crueldade, traição e dissimulação.
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