Na noite de segunda-feira, 21 de abril, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu uma entrevista exclusiva ao SBT Brasil, direto do hospital DF Star, em Brasília, onde está internado após uma cirurgia no intestino. Em conversa com César Filho, Bolsonaro falou sobre o procedimento médico e se defendeu das acusações que tramitam contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-mandatário afirmou: “Pelas condenações que tivemos até agora, condenações absurdas, é um processo tipicamente político, não tem nada de técnico.”
Ao ser questionado sobre sua ausência do país no dia 8 de janeiro, Bolsonaro negou qualquer participação em tentativa de golpe de Estado. Rechaçou as acusações de dano ao patrimônio da União e afirmou: “Como é que eu posso deteriorar um patrimônio se eu estava fora do Brasil? (…) Que dano é esse que eu participei se eu não tenho uma só ligação com quem quer que seja aqui no Brasil? (…) Golpe de Estado é uma brincadeira.” Sobre a suposta organização criminosa armada, declarou: “Você vai nas policiais legislativas da Câmara e do Senado e pergunta se alguma arma de fogo ou arma branca foi apreendida no 8 de janeiro, com aquelas mil e poucas pessoas. Nenhuma arma foi apreendida!”
Bolsonaro também foi questionado sobre a acusação de ter participado da redação de uma minuta de golpe. Ele respondeu: “Nós conversamos dispositivos constitucionais.” Negou temer prisão e criticou os inquéritos em curso: “Eu não tenho preocupação nenhuma, zero. (…) Inquéritos intermináveis, que já duram seis anos.” Ao comentar o chamado plano punhal verde e amarelo, afirmou: “Eu não tenho o que falar sobre esse plano até que no computador de quem foi encontrado diga alguma coisa.” Por fim, sobre as eleições, declarou: “Eu acredito que até lá esteja movimento multidões pelo Brasil. (…) A maioria da população não quer outro nome da direita que não seja Jair Messias Bolsonaro e ponto final.”