O salário mínimo deve subir para R$ 1.630 em 2026, conforme projeção apresentada no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) encaminhado ao Congresso Nacional. O valor representa um reajuste nominal de 7,37% em relação ao piso atual de R$ 1.518. A proposta mantém a política de valorização que considera a inflação medida pelo INPC, acrescida da variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Para os anos seguintes, o governo também apresentou previsões preliminares: R$ 1.724 em 2027, R$ 1.823 em 2028 e R$ 1.925 em 2029. Esses valores, no entanto, ainda passarão por revisão nas futuras propostas orçamentárias. A metodologia retomada desde 2023 havia sido suspensa em 2019, mas voltou a ser aplicada para assegurar ganhos reais aos trabalhadores.
Apesar da política de valorização, os aumentos estão sujeitos às limitações impostas pelo novo arcabouço fiscal, que determina que o crescimento real dos gastos públicos fique entre 0,6% e 2,5% ao ano. Com isso, o possível aumento de 3,4% acima da inflação foi reduzido ao teto permitido, o que também interfere diretamente na projeção do salário mínimo.
Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, cada real adicionado ao salário mínimo representa um impacto de R$ 400 milhões nos cofres públicos. Isso se deve ao fato de que benefícios como aposentadorias, seguro-desemprego e o BPC são vinculados ao valor do mínimo. A expectativa é de que a Previdência registre um aumento de R$ 115,3 bilhões nas despesas, com compensação parcial de R$ 71,2 bilhões em arrecadação.