A Justiça peruana condenou o ex-presidente Ollanta Humala e sua esposa Nadine Heredia a 15 anos de prisão por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro com recursos ilícitos repassados por empreiteiras brasileiras, como a Odebrecht e a OAS. Segundo a acusação, cerca de US$ 3 milhões foram transferidos ao Partido Nacionalista Peruano para financiar a campanha presidencial de 2011, quando Humala foi eleito. A defesa alegou perseguição política, mas o tribunal considerou as provas consistentes após um julgamento que se arrastou por três anos.
A sentença marca um novo desdobramento da Operação Lava Jato no Peru e pode influenciar outros casos envolvendo políticos de destaque, como Keiko Fujimori, também acusada de receber dinheiro da Odebrecht. Humala deve cumprir a pena em um centro especial para ex-presidentes, onde já estão Alejandro Toledo e Pedro Castillo. A decisão reforça o impacto dos escândalos de corrupção internacional na política peruana e abre caminho para novas responsabilizações no país.