Um estudante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi indiciado por apologia ao nazismo após comparecer à sua cerimônia de colação de grau com uma suástica pintada no rosto. A tentativa de participar do evento com o símbolo, registrada em fevereiro no Campus Centro, em Porto Alegre, foi barrada pela universidade, que exigiu a remoção da pintura. Mesmo com a alteração para outro desenho, o episódio foi levado às autoridades e desencadeou uma investigação.
A Polícia Civil concluiu que os elementos visuais utilizados pelo estudante estão associados a grupos extremistas, segundo afirmou a delegada responsável pelo caso. Além disso, uma música tocada durante a cerimônia foi citada no inquérito como frequentemente utilizada em contextos que reverenciam o nazismo. Computadores e celulares do investigado foram apreendidos e ainda estão sendo analisados pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
O inquérito foi entregue ao Ministério Público, que decidirá se oferece ou não denúncia à Justiça. Se o Judiciário acatar, o estudante poderá responder criminalmente pelas acusações. O caso também está sendo avaliado internamente pela UFRGS, que criou uma comissão com professores, técnicos e estudantes para discutir possíveis sanções administrativas. Ainda não há previsão para a conclusão desse processo.
A legislação brasileira é clara ao proibir a divulgação de símbolos nazistas. A Lei 7.716/89 determina que fabricar ou divulgar a suástica com intenção de promover o nazismo é crime, com penas que variam de dois a cinco anos de reclusão e multa. A Constituição Federal ainda classifica o racismo como crime imprescritível e inafiançável, reforçando a gravidade do caso investigado.
Com informações de GZH.