O filme Conclave, que recentemente conquistou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, tornou-se um dos mais assistidos no Prime Video após a morte do Papa Francisco. A obra mergulha nos bastidores da escolha de um novo pontífice, retratando com fidelidade elementos tradicionais como o lacre do quarto papal, a fumaça que sinaliza o resultado das votações e os votos secretos entre os cardeais. A atenção aos rituais católicos impressiona pela precisão, ainda que alguns detalhes da produção se distanciem dos acontecimentos históricos.
Segundo análise de Pedro Duran, da CNN, embora o filme reproduza com exatidão a maioria dos protocolos e das articulações políticas entre cardeais, ele também incorpora licenças artísticas para dramatizar a narrativa. A participação expressiva de freiras no filme, por exemplo, não condiz com a discrição que essas figuras mantêm no conclave real. Além disso, a presença de um “cardeal secreto” e os atentados que permeiam a trama são criações fictícias que não possuem registros históricos na Igreja Católica.
Personagens da produção também foram inspirados em líderes religiosos reais. O cardeal Pietro Parolin é apontado como provável condutor do próximo conclave, substituindo Giovanni Battista Re, que se afasta devido à idade. Apesar das diferenças, o filme consegue transmitir a atmosfera de tensão e espiritualidade que marca uma das tradições mais emblemáticas do Vaticano, conquistando tanto críticos quanto o público.