China reage com tarifas de 84% e aumenta tensão comercial com os EUA

Pequim responde à nova tarifa de Trump e reacende disputa entre as duas maiores economias do mundo

A China oficializou a aplicação de tarifas de 84% sobre produtos vindos dos Estados Unidos, em resposta direta à nova medida adotada pelo governo norte-americano. A retaliação ocorre logo após a imposição de uma tarifa de 104% pelos EUA sobre mercadorias chinesas, intensificando a guerra comercial entre os dois países. A medida chinesa entra em vigor nesta quinta-feira (10), enquanto a tarifa americana começou a ser cobrada já nesta quarta (9).

De acordo com autoridades chinesas, a decisão é uma reação proporcional ao que consideram um ataque direto à economia do país asiático, representado pelo novo “tarifaço” do presidente Donald Trump. O impacto da medida foi imediato: os principais mercados da Ásia registraram queda nas primeiras horas de operação, refletindo o temor de investidores sobre uma nova onda de instabilidade global.

A imprensa internacional repercutiu o anúncio com destaque. O The New York Times informou que o governo chinês divulgou um documento extenso criticando as políticas comerciais americanas. Nele, Pequim acusa os Estados Unidos de violar acordos comerciais anteriores e de praticar protecionismo sistemático, especialmente desde o primeiro mandato de Trump.

Com a escalada da disputa, cresce a preocupação de diversos países, incluindo o Brasil, sobre os possíveis efeitos colaterais nas cadeias globais de comércio. A expectativa é de que os preços de alguns produtos sejam impactados em diferentes mercados, ao mesmo tempo em que se abre espaço para novas oportunidades comerciais em meio ao rearranjo das relações econômicas globais.

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