Na segunda-feira, 14 de abril, a equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, divulgou um boletim afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta boa evolução clínica após a cirurgia de mais de 12 horas realizada no domingo para tratar complicações intestinais. Segundo os médicos, ele está acordado, orientado, sem dor ou sangramentos, e iniciou deambulação assistida, mas segue sem previsão de deixar a unidade de terapia intensiva (UTI). A operação, considerada de grande porte, foi necessária devido a aderências abdominais causadas por cirurgias anteriores e pela facada sofrida em 2018.
Durante entrevista coletiva, os médicos destacaram que o procedimento foi bem-sucedido, mas o pós-operatório será prolongado e delicado, podendo durar até três meses. A expectativa é que Bolsonaro permaneça hospitalizado por pelo menos duas semanas, sendo alimentado por via intravenosa nesse início de recuperação. A equipe reforçou que, embora o resultado da intervenção tenha sido positivo, há risco de complicações comuns desse tipo de procedimento, como infecções e trombose, o que exige cuidados intensivos.
A cirurgia, uma laparotomia exploradora, identificou uma obstrução causada por dobra no intestino delgado, que foi desfeita durante o procedimento. Após a intervenção, Bolsonaro foi transferido para a UTI, onde se mantém estável e recebendo suporte clínico. Ele foi internado após passar mal no Rio Grande do Norte na sexta-feira anterior e transferido para Brasília no sábado. A equipe médica expressou preocupação com a rotina intensa de compromissos do ex-presidente e destacou a importância de ele respeitar o tempo de recuperação.