Bebê nasce após transplante de útero entre irmãs no Reino Unido e marca feito histórico

No sábado, 12 de abril, foi divulgada uma notícia emocionante e inédita no Reino Unido: nasceu a bebê Amy Isabel, filha de uma mulher que recebeu um transplante de útero da própria irmã, marcando um feito médico pioneiro no país.

Grace Davison, de 36 anos, foi diagnosticada ainda na adolescência com a síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser, uma condição rara que afeta uma em cada 5 mil mulheres e impede o desenvolvimento do útero. Apesar disso, seus ovários funcionavam normalmente, o que permitiu a criação de embriões por fertilização in vitro com o marido, Angus.

A grande virada veio quando sua irmã mais velha, Amy Purdie, mãe de duas meninas, se ofereceu para doar o útero. O transplante foi realizado com sucesso em março de 2023, em uma cirurgia que durou oito horas. A partir daí, os embriões congelados foram implantados, resultando na gravidez tão esperada.

O nascimento da pequena Amy Isabel aconteceu no fim de fevereiro, em um hospital de Londres, por parto cesáreo, com a bebê pesando mais de 2 kg. A sala estava repleta de médicos, enfermeiros e pesquisadores que acompanharam todo o processo desde o início.

Foi difícil acreditar que ela era real. Eu sabia que ela era nossa, mas é difícil acreditar”, disse Angus, emocionado. Já a irmã doadora celebrou: “Tudo valeu a pena, cada momento”.

A cirurgia contou com a participação da cirurgiã Isabel Quiroga, que também ajudou no parto. Ela destacou: “É alegria total, deleite. Não poderia estar mais feliz por Angus e Grace. Foi avassalador. É fantástico”.

O caso de Amy é o primeiro bem-sucedido com transplante de útero entre irmãs no Reino Unido. A organização Womb Transplant UK já realizou outros três transplantes com úteros de doadoras falecidas e acompanha outros casos semelhantes. Há dez mulheres atualmente em avaliação para receber o procedimento.

A expectativa agora é que o sistema de saúde britânico possa financiar esses transplantes, tornando possível o sonho da maternidade para mais mulheres com a mesma condição rara.

Amy Isabel está saudável e fez história como símbolo de esperança e avanço da medicina reprodutiva.

Informações Só Notícia Boa.

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