Suzane von Richthofen acumula dívidas com a União e segue sem ser localizada pela Receita Federal

A Justiça Federal enfrenta dificuldades para cobrar R$ 52.993,30 de Suzane von Richthofen, que recebeu indevidamente uma pensão do INSS entre 2002 e 2004, enquanto estava presa pelo assassinato dos pais. O Supremo Tribunal Federal (STF) já determinou a devolução do valor, mas, sem bens registrados em seu nome, a cobrança se arrasta há anos. A dívida foi inscrita na Dívida Ativa da União, e seu nome incluído nos cadastros de inadimplentes. Mesmo assim, em 2024, ela conseguiu acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa público que financia cursos superiores em instituições privadas.
Desde a decisão do STF, órgãos como Bacenjud, Renajud e Infojud tentaram bloquear bens de Suzane, sem sucesso. Apesar de estar em regime aberto, o governo não consegue localizá-la para dar andamento à cobrança. Relatos indicam que ela circula por cidades do interior de São Paulo, como Bragança Paulista, Águas de Lindoia e Atibaia, mas seu endereço real segue desconhecido. O Ministério Público Federal (MPF) contesta o fato de Suzane ter sido beneficiada com pensão pelo crime que cometeu e reforça a necessidade de restituição aos cofres públicos.
A Receita Federal, responsável pela cobrança, segue buscando alternativas para recuperar o dinheiro, mas não comenta o caso por sigilo fiscal. A última movimentação no processo ocorreu em fevereiro de 2025, quando a Justiça reafirmou a cobrança e manteve as buscas por possíveis bens. A situação reforça um impasse jurídico e expõe dificuldades do Estado em recuperar valores de condenados que burlam o sistema financeiro.
Mais uma demonstração da ineficiência dos órgãos públicos nos grandes centros!