O outono de 2025 começa oficialmente nesta quinta-feira (20), às 6h01, marcando a transição do calor intenso do verão para o frio do inverno, é o que prevê a Metsul, veja previsão completa aqui. Apesar da mudança de estação, o calor não desaparece completamente, e os primeiros meses ainda terão dias quentes, principalmente no Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil. Além disso, a estação será caracterizada por chuvas abaixo da média na maior parte do Centro-Sul, o que pode impactar a agricultura, especialmente no Rio Grande do Sul, onde a estiagem já preocupa.
O fenômeno climático El Niño não estará presente nesta estação, pois o Oceano Pacífico se encontra em um período de neutralidade, após uma fase de La Niña entre dezembro e fevereiro. Apesar disso, as águas superficiais do Pacífico Equatorial junto às costas do Peru e do Equador estão mais quentes do que o normal, o que pode reduzir a chegada de massas de ar frio ao Sul do Brasil. Essa condição, conhecida como El Niño Costeiro, não tem o mesmo impacto que um El Niño clássico, mas pode influenciar padrões de temperatura e precipitação.
As chuvas no outono passam a ser menos frequentes no Centro-Oeste e no Sudeste, já que, diferentemente do verão, quando são comuns tempestades convectivas causadas pelo calor e pela umidade, a principal origem das precipitações passa a ser a passagem de frentes frias e centros de baixa pressão. Mesmo assim, eventos pontuais de tempestades severas com granizo e vendavais podem ocorrer, especialmente no Sul e Sudeste. Para o Sul do país, há um aumento na frequência de ciclones extratropicais, que podem trazer ventos fortes e mudanças bruscas de temperatura.
Com relação às temperaturas, o outono de 2025 será predominantemente quente, com marcas acima da média em grande parte do Brasil, incluindo o Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. No Sul, apesar da variação térmica, a tendência é de menos dias de frio intenso e poucos períodos prolongados de geada. Assim, a estação será marcada por fortes oscilações térmicas, com manhãs frias e tardes quentes, um padrão conhecido como “efeito cebola”. Além disso, o aumento da incidência de nevoeiros será um fenômeno comum, especialmente nas manhãs de maio e junho.