Porcos criam laços afetivos e sofrem com ausência de amigos, revela pesquisa

Uma recente pesquisa conduzida por especialistas do Instituto de Biologia de Animais de Fazenda (FBN), na Alemanha, trouxe à tona evidências de que os porcos desenvolvem fortes vínculos afetivos com outros membros do grupo, comportando-se de maneira semelhante a espécies altamente sociais. Esses laços influenciam diretamente o comportamento e o estado emocional dos animais, revelando uma dimensão pouco explorada de sua vida social.

Os pesquisadores observaram que, quando um porco perde seu companheiro mais próximo, ele demonstra sinais claros de tristeza e estresse emocional, comportamento comparável ao luto. Essa descoberta mostra que os relacionamentos não são apenas agradáveis, mas essenciais para a saúde mental e emocional dos suínos, o que levanta questionamentos sobre as práticas de criação em ambientes industriais.

A análise sugere que sistemas de criação que estimulam interações positivas entre os animais podem trazer benefícios importantes, como a redução de comportamentos agressivos e o aumento da produtividade. Proporcionar ambientes socialmente enriquecidos, portanto, vai além da ética: é também uma estratégia de manejo inteligente para promover animais mais saudáveis.

Com base nesses resultados, especialistas defendem uma revisão nos modelos de criação suína, propondo práticas que levem em conta os aspectos emocionais dos porcos. Garantir o bem-estar social desses animais não só responde às crescentes exigências por uma produção mais humanizada, como também pode transformar positivamente a suinocultura moderna.

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