O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu arquivar as denúncias contra Rosângela da Silva, a Janja, apresentadas pela oposição, que questionavam seus gastos em viagens internacionais. Segundo Gonet, não há indícios de desvio de recursos públicos, apenas manifestações de insatisfação com os custos dessas atividades. Ele ressaltou que a participação da primeira-dama em eventos oficiais está dentro das normas e que o presidente pode delegar tais funções ao cônjuge para fortalecer relações diplomáticas.
A oposição acionou órgãos como a CGU e o TCU para investigar os deslocamentos de Janja, especialmente após viagens como a ida a Roma em fevereiro, onde participou de eventos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e se encontrou com o Papa Francisco. Os custos dessas viagens geraram críticas, principalmente por conta do chamado “gabinete informal” gerido pela primeira-dama, que já teria acumulado cerca de R$ 1,2 milhão em despesas desde o início do terceiro mandato de Lula. Diante das pressões, Janja passou a divulgar sua agenda nas redes sociais e recentemente cancelou uma viagem a Nova York, onde representaria o Brasil na ONU.