O número de picadas de aranhas no Rio Grande do Sul teve um crescimento alarmante nos últimos anos. De acordo com o Relatório Anual de Atendimentos do Centro de Informação Toxicológica (CIT/RS), em 2023 foram registrados 3.727 casos, representando um aumento de 26,8% em relação ao ano anterior. A aranha-marrom foi responsável por 1.250 desses incidentes, enquanto a armadeira esteve associada a 1.120 casos. Os dados de 2024 ainda não foram divulgados, mas especialistas reforçam a importância de medidas preventivas.
Entre os casos recentes, um dos mais graves envolve uma mulher de 46 anos, que está internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) há mais de 40 dias. Após ser picada por uma aranha-marrom, a paciente deu entrada em estado grave, mas, segundo informações da instituição, apresentou uma evolução positiva e atualmente encontra-se em condição estável.
A aranha-marrom é uma das espécies mais venenosas do estado e pode causar necrose na pele, febre, vômitos e, em casos mais graves, falência renal e morte. O especialista consultado pelo Diário alerta para a importância de reconhecer os sintomas precocemente e buscar atendimento médico imediato. Essas aranhas costumam se esconder em locais escuros e de pouca movimentação, como roupas, sapatos e móveis, aumentando o risco de acidentes dentro de casa.
Diante do aumento significativo de picadas, especialistas reforçam a necessidade de campanhas de conscientização e ações preventivas. Manter ambientes limpos, evitar o acúmulo de objetos e sacudir roupas e calçados antes de usá-los são algumas medidas simples que podem ajudar a evitar acidentes. Em caso de picada, a recomendação é procurar um serviço de saúde rapidamente para avaliação e possível administração do soro antiveneno.