Mulher acusada de matar o próprio pai e a madrasta morre antes de ser julgada, em Canoas

O misterioso desaparecimento de Rubem e Marlene, em Canoas, ganhou um novo desfecho com a morte de Cláudia, principal acusada de ter planejado o crime. Ela, que era filha de Rubem e madrasta de Andrew, faleceu antes do julgamento que revelaria sua possível participação no duplo homicídio. O caso, que chocou a Região Metropolitana, segue em andamento com base nas novas provas reveladas pelo filho.
Em delação premiada firmada em novembro de 2024, Andrew revelou detalhes do assassinato e disse que tudo teria sido arquitetado por Cláudia. Segundo o jovem, o casal foi morto na casa da família, no bairro Niterói, e os corpos teriam sido queimados em uma churrasqueira. A versão derrubou a anterior, em que mãe e filho alegavam que Rubem e Marlene haviam viajado a convite de amigos.
As investigações, que já contavam com manchas de sangue compatíveis com o DNA de Rubem e sinais de decomposição detectados por cães farejadores no carro da família, ganharam mais força com a confissão de Andrew. A Justiça suspendeu o julgamento, que aconteceria em 27 de novembro, para que novas perícias fossem feitas na residência, com foco na churrasqueira mencionada.
Com a morte de Cláudia, o processo criminal muda de direção e concentra-se agora apenas em Andrew. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) foi acionado para aprofundar a análise das evidências. A revelação do envolvimento da mãe e a tragédia de sua morte encerram um dos capítulos mais perturbadores da história policial recente no Rio Grande do Sul.