Após permanecer foragido por mais de duas semanas, o motorista acusado de causar um atropelamento fatal durante a madrugada de 2 de março, em Bento Gonçalves, apresentou-se à Polícia Civil nesta sexta-feira (21). Segundo a defesa, o jovem teria tentado evitar o acidente, mas se assustou com a reação das pessoas ao redor e acelerou o carro, atingindo novamente uma das vítimas.
A advogada responsável pelo caso afirmou que ele não havia se entregado antes devido a ameaças de morte. Em vídeo divulgado à imprensa, ela alegou que o cliente “jamais teve a intenção de matar alguém”. Conforme a versão apresentada, o motorista tentou frear ao ver um grupo na rua, mas não conseguiu evitar a colisão. Após ser cercado, ele teria se apavorado e fugido, sem perceber que ainda havia pessoas feridas no chão.
O caso aconteceu no bairro Santa Rita, por volta das 5h da manhã de um domingo de Carnaval. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento exato em que o carro avança contra um grupo de pessoas, atinge várias delas e, após uma breve parada, volta a acelerar e atropela novamente Sandra Letícia de Carli, que morreu pouco depois de ser levada ao hospital. Outras três pessoas também ficaram feridas, incluindo a irmã da vítima fatal.
Indiciado por homicídio doloso qualificado e três tentativas de homicídio, o motorista foi encaminhado à penitenciária do Apanhador, em Caxias do Sul, onde cumpre prisão preventiva. O inquérito policial foi concluído e já está nas mãos do Ministério Público, que analisará os próximos passos do processo judicial. A defesa afirma que ele está disposto a colaborar com a Justiça.