A caminhada rumo à beatificação de João Luiz Pozzobon avançou mais um passo, aproximando-o de se tornar o primeiro santo do Rio Grande do Sul. O Vaticano, por meio da Comissão Teológica do Dicastério da Causa dos Santos, deu parecer favorável à análise do dossiê que detalha a vida e as ações do diácono. Agora, o processo segue para avaliação de bispos e cardeais, dando continuidade às etapas necessárias para uma possível canonização.
O documento, chamado Positio, contém cerca de 800 páginas e reúne relatos e provas sobre as obras realizadas por Pozzobon, incluindo sua intensa atuação na evangelização católica e em projetos sociais. Na última terça-feira (4), teólogos consultores analisaram e aprovaram o material, confirmando a relevância do legado do diácono. Se todas as quatro etapas forem concluídas com êxito, Pozzobon poderá ser declarado santo, sendo necessário o reconhecimento de dois milagres atribuídos a sua intercessão.
Natural de São João do Polêsine (RS), Pozzobon dedicou a vida à fé e ao serviço social. Ordenado Diácono Permanente em 1972, ele foi um dos grandes nomes da Campanha da Mãe Peregrina, percorrendo cerca de 140 mil quilômetros a pé para levar a imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt às famílias. Além disso, ajudou na criação de projetos sociais, como a Vila Nobre da Caridade, que construiu moradias para pessoas em situação de vulnerabilidade.
Para o arcebispo de Santa Maria, Dom Leomar Brustolin, essa é uma notícia de grande importância e esperança. Ele destaca que, caso Pozzobon seja beatificado, entrará para a história como o primeiro diácono permanente do mundo a alcançar tal reconhecimento. O próximo passo será a avaliação pelo conselho de bispos e cardeais do Vaticano, que pode conceder o título de Venerável, reconhecendo as virtudes heroicas do diácono. Se um milagre for comprovado, ele poderá ser beatificado, e um segundo milagre levaria à sua canonização.
Com informações de GZH.