Homem é condenado a 30 anos por feminicídio brutal em Alegrete
Tribunal do Júri acolhe denúncia do MPRS e impõe pena máxima por espancamento que resultou na morte da companheira

Após denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o Tribunal do Júri de Alegrete condenou, nesta terça-feira, 25 de março, um homem a 30 anos de reclusão por ter assassinado sua companheira de forma brutal em novembro de 2023.
Na madrugada do dia 20 de novembro, após uma discussão, o condenado espancou a vítima com diversos golpes na cabeça e no corpo. Em seguida, fugiu do local, deixando-a agonizando por horas. A mulher foi encontrada por uma vizinha e socorrida pelo SAMU, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito no dia seguinte.
O crime foi classificado como feminicídio, praticado com meio cruel, evidenciado pela brutalidade desmedida dos golpes, que provocaram fratura de crânio e hemorragia cerebral, causando intenso sofrimento à vítima.
A promotora de Justiça Maura Lelis Guimarães Goulart, que atuou no julgamento, afirmou:
“Os jurados foram chamados à responsabilidade de encerrar esse ciclo de violência em que a vítima se encontrava, garantindo a punição do responsável, e, ao acolher integralmente o pedido do Ministério Público, indicaram que a sociedade não tem mais nenhuma tolerância com a violência contra as mulheres.”
O juiz determinou a imediata execução da pena, já que o réu respondeu preso durante todo o processo, além de fixar uma indenização mínima de 30 salários mínimos aos familiares da vítima, como reparação pelos danos morais causados pelo crime.