Uma forte tempestade de granizo gigante causou estragos nas províncias argentinas de Mendoza e La Pampa, afetando áreas urbanas e rurais. A intensa precipitação, acompanhada de chuvas torrenciais, surpreendeu moradores e produtores agrícolas, que registraram prejuízos significativos. Em algumas regiões, o granizo atingiu tamanhos excepcionais, destruindo plantações e dificultando o tráfego em rodovias.
As áreas mais afetadas em Mendoza foram Junín, Tupungato e Luján de Cuyo, onde motoristas ficaram presos em túneis devido à baixa visibilidade e alagamentos. Em Vistalba, Chacras de Coria e Potrerillos, a força da tempestade foi tão intensa que algumas estradas precisaram ser interditadas. Em Tupungato, o transbordamento do arroyo Anchayuyo obrigou o fechamento da Ruta 86, enquanto em Junín e Rivadavia o granizo caiu por cerca de 20 minutos, causando danos a plantações e infraestrutura.
A tempestade ocorreu durante um período de calor extremo na Argentina. A cidade de Resistencia, no Chaco, registrou 42ºC, enquanto a sensação térmica em Buenos Aires atingiu 44ºC. Em meio ao calor sufocante, a chegada do granizo trouxe alívio momentâneo, mas também destruição. Um produtor rural da região relatou ter perdido toda a sua colheita, uma situação que se repetiu em diversas propriedades agrícolas.
Na província de La Pampa, a localidade de Ingeniero Luiggi foi surpreendida pelo fenômeno climático na noite de quarta-feira. A intensidade do granizo fez com que moradores descrevessem a cena como um verdadeiro “bombardeio de gelo”. A Defesa Civil relatou 31 incidentes relacionados à tempestade, sendo Luján a região mais atingida, com 15 casas alagadas. Além disso, houve quedas de árvores e evacuação de uma escola em Tupungato. Especialistas explicam que essas formações ocorrem dentro de nuvens Cumulonimbus, onde partículas de gelo são impulsionadas por fortes correntes de ar até atingirem tamanhos gigantes antes de despencarem sobre o solo.
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