A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (19/03), a Operação Scammer, visando desarticular um grupo criminoso especializado no golpe da falsa central de atendimento. A investigação teve início em agosto de 2024 e revelou a atuação de uma quadrilha que enganava vítimas idosas, obtendo acesso remoto aos seus dispositivos para realizar transações bancárias fraudulentas. A ação foi coordenada pela Delegacia de São Sepé/RS, com o apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo, e ocorreu simultaneamente nas cidades de São Paulo, Mogi das Cruzes, Praia Grande, Poá e Mongaguá.
Durante a operação, foram cumpridos 28 mandados judiciais, sendo 8 de prisão temporária e 20 de busca e apreensão. Até o momento, quatro pessoas foram presas, entre elas três mulheres e um homem, localizados em São Paulo, Mongaguá e Mogi das Cruzes. Além disso, foram apreendidos celulares, cartões bancários e máquinas de pagamento, materiais utilizados para aplicar os golpes. A vítima identificada na investigação tem 75 anos e sofreu um prejuízo de aproximadamente R$ 80 mil.
O esquema criminoso consistia em ligar para as vítimas se passando por funcionários do banco, informando sobre supostas transações suspeitas em seus cartões. Durante o falso atendimento, os criminosos convenciam as vítimas a fornecerem dados bancários e instalar aplicativos de acesso remoto no celular, permitindo que a quadrilha realizasse transações financeiras sem o conhecimento do titular. O golpe foi identificado após sete meses de investigação, que revelou a participação de criminosos ligados a uma associação criminosa no estado de São Paulo.
A operação contou com o trabalho integrado de 9 policiais civis do Rio Grande do Sul e 27 de São Paulo, além do apoio logístico e operacional da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) e do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Projeto Impulse. Com o avanço das investigações, a Polícia Civil segue monitorando possíveis novos alvos e alerta a população para não compartilhar dados bancários por telefone e desconfiar de ligações suspeitas.