Fungo negro de Chernobyl pode ser a chave para descontaminação radioativa

Cientistas descobrem organismo capaz de transformar radiação em energia e abrem novas possibilidades para a ciência

A descoberta de um fungo negro resistente à radiação na zona de exclusão de Chernobyl tem surpreendido cientistas. Esse organismo não apenas sobrevive em um ambiente altamente contaminado, mas se alimenta da radiação e a transforma em energia, um processo semelhante à fotossíntese. Estudos indicam que essa capacidade pode ser utilizada para reduzir os impactos da radiação em locais como Chernobyl e Fukushima, além de ter aplicações promissoras na exploração espacial.

O segredo desse fungo, chamado Cladosporium sphaerospermum, está na melanina, o mesmo pigmento encontrado na pele humana. Essa substância permite que os fungos neurotróficos absorvam radiação e convertam-na em energia química. Pesquisas realizadas ao longo de 17 anos mostraram que os fungos expostos a níveis mais altos de radiação crescem mais rapidamente, o que reforça a hipótese de sua adaptação ao ambiente extremo.

Diante dessa resistência excepcional, os cientistas começaram a testar suas aplicações. O fungo já foi enviado para a Estação Espacial Internacional (ISS) para avaliar sua capacidade de proteger astronautas contra a radiação cósmica. Além disso, pesquisas investigam seu potencial para descontaminar solos radioativos e desenvolver materiais resistentes à radiação, possibilitando um avanço significativo na bioremediação e na segurança nuclear.

A explosão do reator 4 da Usina Nuclear de Chernobyl, em 1986, resultou em um dos maiores desastres nucleares da história, tornando a área inabitável por décadas. Entretanto, organismos como o fungo negro de Chernobyl mostram que a natureza pode encontrar formas surpreendentes de adaptação, oferecendo novas soluções para problemas ambientais e espaciais. Essa descoberta pode transformar a forma como lidamos com a radiação no futuro.

Informações Só Notícia Boa.

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