Em meio a uma crise elétrica crescente, o governo venezuelano adotou uma nova medida que limita a jornada de trabalho no setor público a apenas 13,5 horas semanais. Os servidores passam a atuar somente três dias por semana, das 8h às 12h30, como forma de conter o consumo de energia. A medida, que começou a valer em 24 de fevereiro, deve durar pelo menos seis semanas e pode ser prorrogada. A justificativa oficial para a ação é a emergência climática, mas especialistas apontam anos de negligência, corrupção e ausência de investimentos como causas centrais da fragilidade do sistema energético do país.
Com reservatórios em níveis críticos e apagões diários em diversas regiões, a situação se agrava e afeta diretamente a qualidade de vida da população. A hidrelétrica de Guri, peça-chave na geração de energia, sofre com a seca severa. O setor educacional, já impactado pela saída em massa de professores, foi poupado da redução de jornada. Sanções econômicas e isolamento internacional também contribuem para o colapso, agravando a crise do bolívar e afastando empresas como a Chevron. Diante desse cenário, o futuro do país e do regime chavista permanece cada vez mais incerto.