Um ex-estudante de doutorado da UFRGS foi preso pela Polícia Civil nesta segunda-feira (31), em um hotel no Centro de Porto Alegre, após sua condenação por crime de racismo ter se tornado definitiva. Ele foi sentenciado a 2 anos e 9 meses em regime aberto, sem possibilidade de recurso. O mandado foi expedido em 17 de março e cumprido pela Delegacia de Combate à Intolerância.
Durante a operação, o acusado teve o celular apreendido, o qual será analisado pela perícia. Ele optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório e foi encaminhado para o Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional. Conforme o Código Penal, o regime aberto deve ser cumprido em casa de albergado ou local compatível.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul desligou o estudante em 2022, após processo disciplinar que enquadrou as atitudes dele como infrações gravíssimas, com base no Código Disciplinar Discente. A decisão foi motivada por denúncias de estudantes e entidades acadêmicas, que apontaram a disseminação de mensagens com conteúdo racista e antissemitismo.
Além do processo que levou à condenação, o ex-aluno também está sendo investigado por novos comentários misóginos feitos nas redes sociais. Ele possui antecedentes por injúria, perseguição e falsa comunicação de crime. Uma editora chegou a retirar de circulação um livro de sua autoria, removendo a obra do catálogo e recolhendo os exemplares das livrarias.
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