Bolsonaro admite ter discutido golpe com militares, mas afirma: “foi descartado logo de cara”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu, em entrevista à Folha de S. Paulo, que discutiu com a cúpula das Forças Armadas a possibilidade de medidas como estado de sítio, estado de defesa, artigo 142 da Constituição e intervenção militar após a derrota nas eleições de 2022. Segundo ele, o tema foi levantado diante da recusa do Tribunal Superior Eleitoral em aceitar uma petição da sua coligação, mas a ideia foi rapidamente descartada, por ser inviável e fora dos parâmetros legais. Bolsonaro afirmou que discutir essas possibilidades não configura tentativa de golpe, pois estariam previstas na Constituição.

Ele também relatou reuniões com comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, mas negou que houvesse um plano concreto para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Bolsonaro, não houve convocação de conselhos oficiais nem articulação política, midiática ou internacional, fatores que ele considera indispensáveis para um golpe de Estado. O ex-presidente declarou ainda não se arrepender por não reconhecer o resultado das urnas, disse confiar nos militares e afirmou que uma eventual prisão “seria o fim da sua vida”.

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