Alerta no RS: Secretaria da Saúde confirma caso de dengue tipo 3 e reforça monitoramento

A Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul emitiu um alerta epidemiológico nesta semana após a confirmação de um caso de dengue tipo 3 no estado. O paciente é um morador de Porto Alegre que viajou para Alagoas e apresentou os primeiros sintomas em 14 de fevereiro. A confirmação laboratorial do sorotipo 3 ocorreu em 6 de março.

Risco de aumento de casos graves

A dengue tipo 3 é uma das quatro variações do vírus que circulam no Brasil. Seus sintomas incluem febre alta, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, manchas avermelhadas na pele, coceira e náuseas, semelhantes aos outros sorotipos. No Rio Grande do Sul, os últimos registros do sorotipo 3 ocorreram em 2007 e 2016, mas com baixa incidência.

A introdução de um novo sorotipo pode representar maior risco de casos graves, especialmente para pessoas que já tiveram dengue anteriormente, pois a infecção por diferentes sorotipos aumenta a probabilidade de evolução para formas mais severas da doença.

A SES reforça a necessidade de monitoramento contínuo de casos suspeitos, além do fortalecimento da capacidade diagnóstica para a detecção precoce de novos casos. Estudos indicam que, após uma segunda infecção por um sorotipo diferente, o risco de complicações graves aumenta independentemente da sequência dos vírus.

Casos de dengue no RS em 2025

De acordo com o Painel de Casos de Dengue RS, atualizado até esta terça-feira (11), o estado já registrou 781 casos confirmados da doença neste ano. Até o momento, não há óbitos confirmados em 2025.

Vacinação contra a dengue no estado

Desde 2024, a vacina contra a dengue foi incorporada ao SUS para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que vivem em áreas prioritárias, conforme critérios epidemiológicos definidos pelo governo federal.

No Rio Grande do Sul, a imunização está disponível em diversos municípios, incluindo Porto Alegre, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Gravataí e outras cidades com alta incidência da doença.

A prevenção continua sendo a principal estratégia de combate à dengue, e a SES reforça a importância da eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus. A população deve manter reservatórios de água tampados, evitar o acúmulo de lixo e verificar locais propícios ao acúmulo de água parada.

Autoridades seguem monitorando a situação e reforçando medidas para evitar o aumento dos casos no estado.