WhatsApp confirma ataque de spyware israelense que invade contas de usuários
Empresa não revela se brasileiros foram afetados; ataque mirou jornalistas e membros da sociedade civil
O WhatsApp confirmou ter sido alvo do spyware da empresa israelense Paragon, que permite a invasão de contas de usuários. No entanto, a assessoria da plataforma não esclareceu se brasileiros foram afetados pelo ataque.
A identidade das vítimas e suas respectivas nacionalidades não foram divulgadas, mas um porta-voz da empresa afirmou que o aplicativo conseguiu interromper a operação do spyware, que tinha como alvos jornalistas e membros da sociedade civil.
A atuação desse spyware veio à tona nos últimos dias, após ser noticiada por veículos especializados em tecnologia. Esse tipo de software é instalado sem o conhecimento do usuário e permite o acesso a informações confidenciais do celular da vítima.
Ataque semelhante ao Pegasus
A estratégia adotada pela Paragon lembra ataques anteriores com o Pegasus, outro spyware de origem israelense, que foi acusado de espionar políticos e jornalistas em diversos países.
Esses serviços geralmente são comercializados para governos, sob a justificativa de combate ao crime ou atividades de inteligência. No Brasil, por exemplo, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou comprar o Pegasus, mas foi barrado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
WhatsApp reforça compromisso com a privacidade
Ao ser questionado, o WhatsApp afirmou que entrou em contato com os usuários que acredita terem sido afetados e reiterou seu compromisso com a privacidade.
“Esse é o exemplo mais recente do porquê as empresas de spyware devem ser responsabilizadas por suas ações ilegais. O WhatsApp permanece comprometido em proteger a privacidade na comunicação de seus usuários”, afirmou um porta-voz da plataforma.