Preço da gasolina atinge maior valor em dois anos e ultrapassa R$ 7 em alguns estados

O preço da gasolina no Brasil registrou um forte aumento e alcançou o maior valor dos últimos dois anos, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em alguns estados, o preço ultrapassou R$ 7 por litro, refletindo o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o reajuste do diesel anunciado pela Petrobras.

Alta nos preços da gasolina e diesel

De acordo com o levantamento da ANP, o preço médio do litro da gasolina subiu de R$ 6,20 para R$ 6,35 entre os dias 2 e 8 de fevereiro, um aumento de 2,4%. Já o diesel teve uma alta ainda maior, de 4,59%, passando de R$ 6,10 para R$ 6,38 no mesmo período.

Esse aumento interrompe uma sequência de duas semanas consecutivas de queda no preço da gasolina. A expectativa inicial era de que o reajuste no ICMS resultasse em um aumento de aproximadamente R$ 0,10, mas o impacto foi ainda maior. O imposto estadual sobre a gasolina subiu de R$ 1,3721 para R$ 1,4700 por litro, enquanto o do diesel aumentou R$ 0,06, passando de R$ 1,0635 para R$ 1,1200 por litro.

A Petrobras também anunciou um reajuste no preço do diesel para as distribuidoras, elevando o valor para R$ 3,72 por litro, um aumento superior a 6%.

Estados com os preços mais altos

Os estados que registraram os maiores preços médios da gasolina, segundo a ANP, foram:

No caso do diesel, os valores mais altos foram registrados em:

Entenda o impacto do aumento

O reajuste do ICMS foi aprovado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em outubro de 2024 e entrou em vigor em 1º de fevereiro. Além disso, o preço da gasolina também é influenciado pelo etanol anidro, que compõe 27% da mistura do combustível. Entre os dias 3 e 7 de fevereiro, o valor desse insumo aumentou 2,09%, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

No caso do diesel, a elevação no preço foi consequência do aumento do ICMS e do reajuste de 6,28% da Petrobras nas refinarias. No entanto, o impacto nas bombas foi menor devido à composição do combustível: 86% de diesel A e 14% de biodiesel.

Mesmo assim, os consumidores podem enfrentar novas altas nas próximas semanas, devido a ajustes concorrenciais no varejo e flutuações no preço do biodiesel. O efeito dos reajustes nas refinarias costuma ser sentido ao longo de algumas semanas, dependendo da dinâmica de estoques dos postos de combustíveis.

O preço médio nacional do diesel, que chegou a R$ 6,44 na segunda semana de fevereiro, já supera nominalmente o valor registrado no final de 2022, na transição de governo (R$ 6,38).

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmaram que esse aumento não aconteceria. Lula ponderou que qualquer comparação deveria considerar o impacto da inflação.

Com informações dos portais Metrópoles e Terra.

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