MPRS reafirma que mãe matou filhas gêmeas por asfixia em Igrejinha

Promotor destaca sufocamento como causa das mortes e reforça tese de homicídio premeditado

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) reafirmou a tese de que a mãe assassinou suas filhas gêmeas por asfixia, em Igrejinha. A denúncia foi aceita pela Justiça no dia 16 de janeiro e sustenta que a mulher agiu de forma premeditada.

De acordo com o promotor de Justiça Marcelo Tubino, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Júri, a investigação sempre apontou para sufocamento como causa das mortes. “Tal qual já antes afirmado, o MPRS está convencido da autoria. O sufocamento sempre foi linha investigativa considerada e descrita na denúncia. A busca por prova cabal de envenenamento se deu muito em função das pesquisas no celular da ré, que buscou informações de várias substâncias e formas de causar a morte, vindo a consolidar o intento premeditado”, afirmou.

Tubino também destacou que o fato de a mãe ser a última pessoa a estar com as vítimas em um ambiente trancado, somado ao laudo pericial que descarta morte natural e aponta sufocamento mediante objeto macio ou saco plástico, são razões suficientes para o Ministério Público sustentar a autoria dos crimes.

Detalhes da denúncia

As meninas, de seis anos, foram mortas em um contexto de violência doméstica e familiar, sendo vítimas de homicídio qualificado por ascendente contra descendente, menor de 14 anos, por razões da condição de sexo feminino, motivo torpe, meio cruel (asfixia) e dissimulação ou outro recurso que dificultou a defesa das vítimas.

A primeira gêmea morreu em 7 de outubro de 2024. O laudo necroscópico indicou “hemorragia pulmonar penetrando nos espaços aéreos com insuficiência respiratória”, caracterizando um afogamento atípico por sangue, sendo a causa da morte insuficiência respiratória e hemorragia pulmonar por asfixia.

A segunda criança foi assassinada em 15 de outubro. O relatório médico apontou “pupilas fixas, sangramento efusivo pela traqueia por suspeita de intoxicação por veneno de rato”, mas a perícia determinou que a causa da morte foi asfixia.

A defesa da acusada ainda não se manifestou sobre a nova posição do MPRS. O caso segue em investigação e tramitação judicial.

Informações MPRS.

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