Lula defende fortalecimento da indústria naval brasileira em visita ao Rio Grande do Sul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta segunda-feira (24), o fortalecimento da indústria naval brasileira, ressaltando a necessidade de maior utilização de conteúdo local na fabricação de embarcações. Durante a cerimônia de assinatura de contrato da Transpetro – subsidiária da Petrobras – com um consórcio formado pelos estaleiros Rio Grande e Mac Laren, em Rio Grande (RS), Lula destacou a relevância do setor para a economia do país.
“O Brasil, 95% do nosso transporte de exportação vai de navio. O Brasil é o maior país da América do Sul. Por que a gente não tem uma indústria naval poderosa? Por que a gente tem que comprar navio da Coreia, de Singapura, da China?”, questionou o presidente.
Lula enfatizou que um país com uma indústria naval forte se torna mais competitivo no comércio internacional, setor no qual 90% das mercadorias são transportadas por via marítima. Ele defendeu ainda a qualificação da mão de obra nacional e investimentos na área como estratégias essenciais para o desenvolvimento do setor.
Quatro novos navios para a frota da Petrobras
O contrato assinado prevê a aquisição de quatro navios da classe handy, com custo de US$ 69,5 milhões por embarcação. A licitação, lançada em julho de 2024, integra o Programa de Renovação e Ampliação de Frota da Petrobras. As novas embarcações serão utilizadas para transporte de derivados de petróleo na costa brasileira, ampliando a capacidade da Transpetro e reduzindo a dependência da Petrobras de embarcações afretadas.
Além disso, na semana passada, a Petrobras abriu licitação para a compra de oito navios gaseiros, também dentro do Programa de Renovação e Ampliação da Frota da estatal. A iniciativa faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que busca impulsionar a indústria naval brasileira e fortalecer o setor como um pilar estratégico da economia nacional.