Impacto do tarifaço dos EUA sobre aço e alumínio será menor no RS, aponta FIERGS
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Porto Alegre, 11 de fevereiro de 2025 – O tarifaço de 25% imposto pelos Estados Unidos sobre aço e alumínio importados terá um impacto direto reduzido no Rio Grande do Sul, segundo um levantamento da Federação das Indústrias do Estado (FIERGS).
De acordo com a entidade, apenas 2,7% das exportações gaúchas de aço foram destinadas ao mercado norte-americano em 2024, totalizando US$ 4 milhões do montante de US$ 147 milhões comercializados pelo estado. Em comparação, no cenário nacional, 44,7% das vendas externas brasileiras desse insumo foram para os EUA, representando US$ 6 bilhões de um total de US$ 13 bilhões.
Os principais destinos do aço produzido no RS no ano passado foram México (24,7%), Argentina (23,3%) e Índia (11,2%).
Já no setor de alumínio, o Brasil exportou US$ 1,3 bilhão em 2024, sendo US$ 176,8 milhões (13,1%) para os Estados Unidos. No Rio Grande do Sul, as vendas totalizaram US$ 8,2 milhões, com 5,7% (US$ 500 mil) destinadas ao mercado americano, conforme análise da Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da FIERGS.
Efeito indireto pode impactar mercado interno
Embora o impacto direto seja reduzido, a possível queda na demanda dos Estados Unidos pode afetar a produção brasileira de aço e alumínio, levando ao aumento dos custos e redução da competitividade no mercado interno.
Nos últimos anos, a participação dos EUA nas exportações de aço do RS tem diminuído: em 2021 representavam 4,3%, caindo para 3,6% em 2022, 3,2% em 2023 e 2,7% em 2024.
A FIERGS segue monitorando o cenário e avalia que os efeitos do tarifaço podem ser mais severos para outras regiões do país, onde a dependência do mercado norte-americano é maior.