Bolo envenenado: Polícia investigará empresa que vendeu arsênio

A Polícia Civil iniciou uma investigação para apurar a responsabilidade da empresa que vendeu arsênio para Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar e matar quatro pessoas da mesma família. O caso, que chocou a comunidade, será conduzido pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com o objetivo de entender como a substância foi adquirida e se houve falhas no controle da venda.

As autoridades já obtiveram documentos que comprovam a compra do veneno, incluindo notas fiscais e a identificação do laboratório responsável, cujo nome não foi revelado. As investigações apontam que Deise comprou arsênio quatro vezes em um período de quatro meses, sendo uma das aquisições realizada antes da morte do sogro e as demais antes dos outros três envenenamentos. As compras foram feitas pelos Correios, e a suspeita alegou, em mensagens encontradas em sua cela e em um arquivo salvo no celular, que o veneno seria para consumo próprio.

A Polícia Civil concluiu que Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, foi a responsável pela morte de quatro familiares entre setembro e dezembro de 2024. O inquérito, com mais de mil páginas, foi apresentado à Justiça nesta sexta-feira (21). As vítimas identificadas são Neuza Denize Silva dos Anjos (65), Maida Berenice Flores da Silva (59), Tatiana Denize Silva dos Anjos (47) e Paulo Luiz dos Anjos, todos mortos após ingerirem a substância tóxica.

Com o avanço das investigações, a polícia busca entender como a empresa fornecedora comercializou o arsênio, se houve negligência nos protocolos de segurança e se a venda foi feita de maneira legal. O caso continua em andamento, e novas informações devem ser divulgadas conforme a apuração avança.

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