Um estudo recente publicado na revista Science Advances alerta sobre as graves consequências de uma possível colisão do asteroide Bennu com a Terra. De acordo com os cientistas, o impacto poderia ocorrer dentro de 157 anos, desencadeando efeitos devastadores no clima, ecossistemas e segurança alimentar global. Embora as chances de colisão sejam baixas, a proximidade do asteroide a cada seis anos mantém os pesquisadores atentos aos seus possíveis riscos.
Caso o impacto ocorra, a colisão geraria uma onda de choque massiva, terremotos, incêndios florestais e a liberação de enormes quantidades de poeira na atmosfera, o que poderia bloquear a luz solar por anos. Especialistas estimam que entre 100 e 400 milhões de toneladas de poeira seriam lançadas ao ar, afetando a química atmosférica e a capacidade das plantas de realizarem fotossíntese, resultando no chamado “inverno de impacto”.
Os efeitos desse fenômeno incluiriam uma redução de até 4°C na temperatura global, além de uma diminuição de 15% na precipitação média e uma queda na taxa de fotossíntese em até 30%. O estudo também alerta para a possível destruição parcial da camada de ozônio, tornando o planeta mais vulnerável à radiação ultravioleta. Esses fatores combinados poderiam resultar em uma grave crise alimentar, impactando ecossistemas e dificultando a produção agrícola em escala global.
Apesar de ser um evento raro, com chances mínimas de ocorrer em setembro de 2182, os cientistas reforçam a necessidade de monitoramento constante de asteroides como Bennu. Estima-se que objetos desse porte colidam com a Terra a cada 100.000 a 200.000 anos, tornando essencial a busca por estratégias de mitigação que possam proteger o planeta de impactos dessa magnitude.