Os gaúchos enfrentam uma forte alta nos preços de itens essenciais da alimentação, como carne e ovos, impactando diretamente o orçamento familiar. O custo do tradicional churrasco e das refeições do dia a dia tem pesado no bolso, com reajustes constantes impulsionados por fatores climáticos e logísticos. A estiagem no estado e o aumento na demanda por proteínas alternativas têm pressionado ainda mais os valores desses produtos.
A carne bovina, um dos principais símbolos da culinária gaúcha, sofreu um aumento de quase 15% nos últimos 12 meses, ficando acima da média nacional. Em janeiro de 2025, enquanto a carne subiu 0,4% no Brasil, no Rio Grande do Sul a alta foi de 4,3%, segundo o IPCA. O calor intenso prejudicou as pastagens e afetou o ciclo pecuário, elevando os custos de produção. Cortes como a picanha subiram 6,9% e a costela, 4,9%, forçando muitos consumidores a optarem por carnes mais baratas.
Já o ovo, alternativa tradicional em tempos de preços altos, registrou um aumento de quase 50% em apenas 20 dias, tornando-se um desafio para quem busca opções acessíveis. O preço da dúzia de ovos brancos passou de R$ 5 para R$ 7,33 entre janeiro e fevereiro, de acordo com a Ceasa/RS. A alta se deve tanto à redução da oferta, impactada por fatores climáticos e um surto da doença de Newcastle, quanto à maior demanda, já que os consumidores buscam substituir a carne.
Além da carne e dos ovos, outros produtos também registram aumentos expressivos na Região Metropolitana de Porto Alegre. O café moído subiu 54,53%, seguido pela paleta (28,8%), carne de porco (18,23%) e contrafilé (15,86%). Com os preços elevados, muitos consumidores têm reduzido as compras ou buscado alternativas mais baratas para manter a alimentação dentro do orçamento.