Relatório preliminar aponta falhas humanas e climáticas como causas de acidente aéreo em Gramado

Tragédia aérea deixou 10 mortos de uma mesma família e 17 feridos em dezembro; vítimas seguem hospitalizadas

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou um relatório preliminar sobre o acidente aéreo ocorrido em 22 de dezembro em Gramado, na Serra Gaúcha. A queda da aeronave causou a morte de 10 integrantes de uma mesma família e deixou 17 pessoas feridas. O documento aponta dois fatores principais para o desastre: colisão controlada com o terreno (Cfit), que ocorre quando a aeronave se choca contra o solo sem apresentar falhas mecânicas, e a perda de controle em voo (LOC-I), quando o piloto não consegue manter o controle do avião, as informações são do Jornal Correio do Povo.

Acidente atingiu imóveis e deixou feridos em solo

O voo, que partiu do Aeroporto de Canela, não contava com suporte de uma torre de controle e enfrentava forte cerração no momento da decolagem. A aeronave perdeu altitude logo após decolar, atingindo a chaminé de um prédio, além de danificar uma casa, uma loja de móveis e uma pousada. No impacto, além das vítimas fatais, 17 pessoas no solo sofreram ferimentos, sendo que muitas precisaram de atendimento devido à inalação de fumaça. Duas funcionárias de uma pousada atingida permanecem hospitalizadas em estado grave com queimaduras extensas.

Relatório técnico descarta busca por culpados

O Cenipa destacou que o relatório atual é preliminar e ainda pode sofrer alterações. O objetivo das investigações é identificar fatores técnicos que contribuíram para o acidente, sem atribuir culpa ou responsabilidades. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reforçou que desorientação espacial e falhas de navegação são comuns em acidentes do tipo Cfit.

Estado de saúde das vítimas hospitalizadas permanece grave

Entre os feridos hospitalizados estão duas mulheres, ambas com queimaduras graves, internadas em Porto Alegre. Uma delas, de 51 anos, está na UTI do Hospital Cristo Redentor com queimaduras em 30% do corpo, mas respira sem ajuda de aparelhos. A outra, de 56 anos, permanece na UTI de queimados do Hospital de Pronto-Socorro, com 43% do corpo afetado. Ambas apresentam evolução no quadro clínico, mas sem previsão de alta.

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