Redução na safra de figos na Serra Gaúcha em 2024 preocupa, mas qualidade segue alta
As chuvas registradas em 2024 impactaram a safra de figos na Serra Gaúcha, levando a uma estimativa de redução na colheita. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (23), o cenário de estiagem que domina outras regiões do Rio Grande do Sul também afeta o cultivo de frutas. Apesar disso, a colheita na Serra segue dentro da normalidade, com frutos considerados de boa qualidade.
Segundo o relatório, a expectativa para a safra 2024/2025 é de uma leve redução em relação aos valores históricos, embora ainda não tenha sido apurado um percentual exato. Isso ocorre devido aos danos causados pelas enchentes de abril e maio de 2023, que alagaram figueirais em várias áreas. Ainda assim, a área de cultivo permanece estável, com os produtores realizando a renovação habitual dos pomares.
Na região da Serra Gaúcha, que abrange municípios como Caxias do Sul, Nova Petrópolis e Gramado, a safra iniciou em meados de janeiro. Conforme a Emater, o ciclo da cultura segue sem atrasos ou antecipações, e a qualidade dos frutos colhidos tem sido satisfatória.
No mercado, o valor pago aos produtores pela fruta madura destinada às grandes indústrias é de aproximadamente R$ 3,50 por quilo. Já no consumo de mesa, os preços variam entre R$ 9,00 e R$ 15,00 por quilo. Em alguns casos, agricultores estão comercializando frutas a granel diretamente ao consumidor, com valores entre R$ 6,00 e R$ 9,00 por quilo.
Enquanto isso, em regiões mais críticas do Rio Grande do Sul, especialmente no Centro-Oeste, a estiagem prolongada tem causado problemas graves, como mortalidade de plantas jovens devido ao enraizamento inadequado, folhas comprometidas e desenvolvimento vegetativo abaixo do esperado. As áreas com solos mais rasos e arenosos são as mais afetadas.
No entanto, a Emater destaca que a condição de estiagem não é uniforme em todo o Estado, o que resulta em impactos variados entre as culturas.