Presa por suspeita de envenenar bolo em Torres pesquisou arsênio na internet, diz Polícia

A Polícia Civil revelou que a investigação sobre o envenenamento ocorrido em Torres trouxe à tona provas técnicas que apontam para uma suspeita específica. Segundo a delegada responsável pelo caso, foram encontrados indícios de que a responsável pelo crime teria pesquisado sobre arsênio na internet semanas antes da tragédia, reforçando as suspeitas de premeditação. A substância, conhecida por sua toxicidade, foi detectada em altas concentrações no bolo servido durante a confraternização familiar.

Durante uma coletiva de imprensa, os investigadores explicaram que a contaminação teve origem na farinha usada na receita do bolo. A análise revelou que a concentração de arsênio na farinha era 2.700 vezes superior ao nível considerado letal, indicando uma introdução proposital do veneno no alimento. A sobremesa foi consumida por sete pessoas, resultando na morte de três delas e na hospitalização de outras vítimas, incluindo uma idosa de 61 anos.

Além das evidências técnicas, a polícia confirmou que a suspeita, detida temporariamente, tinha acesso à farinha contaminada e que havia buscado informações detalhadas sobre arsênio, incluindo formas de aquisição e manipulação. Apesar da robustez das provas, os investigadores ainda não divulgaram a motivação do crime, alegando que isso poderia prejudicar a apuração em andamento. O delegado responsável classificou o caso como um crime doloso, com intenção clara de causar danos fatais.

O envenenamento, ocorrido durante uma confraternização natalina, chocou a comunidade local. Entre as vítimas estão três mulheres de uma mesma família. A polícia segue analisando outras amostras coletadas na residência onde o bolo foi preparado e investigando a origem do arsênio, uma substância que não pode ser adquirida de forma comum. O caso gerou repercussão nacional, e a defesa da suspeita afirma aguardar acesso completo aos autos para se pronunciar oficialmente.

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