Praias de Santa Catarina enfrentam surto de viroses acima da média
As praias de Santa Catarina estão lidando com um surto de viroses que ultrapassa a média histórica para a temporada de verão. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) aponta que o fenômeno era esperado devido ao intenso calor e ao grande fluxo de turistas. Florianópolis, por exemplo, deve receber mais de 2 milhões de visitantes até março, número significativo frente à sua população de cerca de 576 mil habitantes.
Sintomas e origem do problema
Os principais sintomas relatados incluem dores abdominais, vômito, diarreia e, em alguns casos, febre. Ana Paula Corrêa, da Dive/SC, explica que o surto é caracterizado por duas ou mais pessoas apresentando sintomas similares em um período determinado. Especialistas, como o professor Oscar Bruna-Romero, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), indicam que a origem das viroses está frequentemente relacionada ao norovírus, transmitido via oral-fecal. Contato com água contaminada de rios ou do mar e até gelo feito com essa água podem ser fontes de transmissão.
Prevenção e cuidados
Para evitar contaminações, a Dive/SC recomenda cuidados essenciais, como a higienização constante das mãos e atenção à procedência de alimentos e bebidas. É importante também verificar a qualidade da água das praias e rios antes de mergulhar, já que o último relatório indicou que 36,5% dos pontos de coleta estavam impróprios para banho. Florianópolis e outras localidades turísticas são especialmente afetadas devido à alta concentração de visitantes durante o verão.
Tratamento e atenção aos casos
Embora os casos sejam considerados de baixo risco, com rara evolução para quadros graves, o tratamento foca no alívio dos sintomas, repouso e hidratação para repor os líquidos perdidos. A rede de saúde das praias de Santa Catarina está em alerta para atender o aumento da demanda, destacando a importância de ações preventivas e conscientização para reduzir os impactos do surto.