Polícia investiga possível contaminação de mais membros da família e outras mortes suspeitas em caso de bolo envenenado

A Polícia Civil intensifica as investigações sobre os casos de envenenamento que resultaram na morte de quatro pessoas da mesma família, entre setembro e dezembro. O pedido de coleta de sangue do marido e do filho da principal suspeita foi encaminhado ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para verificar se eles também foram contaminados com arsênio, conhecido como o “rei dos venenos”. De acordo com o delegado Cleber Lima, responsável pelo caso, o veneno permanece no organismo por tempo indeterminado, possibilitando a análise mesmo após meses.

A suspeita, presa temporariamente no início de janeiro, está sendo investigada por ter adquirido arsênio em ao menos quatro ocasiões durante quatro meses, segundo as autoridades. As mortes começaram em setembro, quando o sogro da suspeita faleceu após consumir leite em pó contaminado. O caso só foi confirmado recentemente, após a exumação do corpo. Em dezembro, outras três mulheres da família morreram após ingerirem um bolo envenenado, levando à prisão da investigada.

Além dos casos já registrados, a polícia considera a possibilidade de outras vítimas. O delegado mencionou a hipótese de envenenamento do pai da suspeita, que faleceu em 2020, oficialmente de cirrose. Uma possível exumação do corpo está sendo avaliada para confirmar ou descartar essa suspeita. A investigação também apura evidências encontradas no celular da investigada, incluindo notas fiscais que comprovam a compra do arsênio.

Novos depoimentos estão previstos para os próximos dias, incluindo o do marido da suspeita e de sua sogra, que será ouvida novamente. A perícia em uma garrafa de água levada ao hospital pela investigada também pode trazer mais respostas. O caso chocou a comunidade local e levanta questões sobre a premeditação dos atos, já que a compra do veneno foi realizada de forma meticulosa durante meses.

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