Pix: governo busca responsabilizar deputados por prejuízos econômicos

A Advocacia-Geral da União (AGU) está analisando uma possível ação civil pública contra deputados que propagaram fake news sobre uma suposta taxação do Pix, medida que teria gerado prejuízos à economia e abalado a confiança no sistema de pagamentos instantâneos. Entre os alvos estariam parlamentares do PL, como Gustavo Gayer (GO), Flávio Bolsonaro (RJ) e Nikolas Ferreira (MG). Segundo técnicos da AGU, a disseminação de desinformação resultou em insegurança para consumidores e comerciantes, que passaram a adotar práticas prejudiciais, como aumento de preços para quem optasse pelo Pix.

Enquanto as investigações sobre o impacto financeiro seguem em andamento, a iniciativa também busca um caráter educativo, alertando sobre as consequências de questionar sem fundamento a integridade de sistemas e instituições públicas. Fontes da AGU comparam o caso às declarações infundadas do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre fraudes no sistema eleitoral, que culminaram em sua inelegibilidade.

Golpistas também aproveitaram o cenário de desconfiança para enganar consumidores, intensificando práticas fraudulentas relacionadas ao Pix e outros meios de pagamento. O Procon-SP orientou os consumidores a denunciarem cobranças indevidas e reforçou que a Receita Federal não comunica mudanças por meios não oficiais, reiterando que nunca houve taxação sobre o uso do Pix. A Receita chegou a ampliar normas de monitoramento, mas recuou após o impacto negativo gerado pelas notícias falsas.

Em nota, Flávio Bolsonaro criticou a iniciativa da AGU, alegando que a imunidade parlamentar o protege de retaliações políticas. “O governo Lula tenta me silenciar com medidas autoritárias, mas seguirei defendendo os trabalhadores humildes contra abusos”, afirmou. Apesar das críticas, o governo reforça que ações como essa são fundamentais para preservar a reputação de ferramentas financeiras que têm grande impacto na economia popular.

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