Petrobras anuncia possível aumento no diesel e alerta sobre impacto nos preços; aumento pode chegar a R$ 0,24 por litro

A Petrobras está prestes a reajustar o preço do diesel, com previsão de aprovação já na próxima quarta-feira (29), durante reunião do Conselho de Administração da empresa. A presidente da estatal, Magda Chambriard, informou ao presidente Lula e aos ministros que a medida é necessária, com estimativa de impacto entre R$ 0,18 e R$ 0,24 por litro nas bombas. A gasolina e o gás de cozinha, no entanto, não devem sofrer reajustes neste momento, segundo avaliação da estatal.

Um dos principais motivos para o aumento é a defasagem nos preços dos combustíveis em relação ao mercado internacional. A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) apontou que o diesel apresenta uma defasagem de 16%, representando mais de R$ 0,50 por litro. Já a gasolina tem uma diferença menor, de 7%. Mesmo com essa diferença, fontes afirmam que a Petrobras conseguiu manter os preços estáveis ao longo de 2024, utilizando uma estratégia para minimizar as perdas.

O governo federal, que possui maioria no conselho da Petrobras, está atento aos impactos econômicos do reajuste, principalmente no diesel, que influencia diretamente na inflação e no preço dos alimentos. Apesar da preocupação, o aumento foi recebido com naturalidade pelo governo, que avalia os reflexos da decisão tanto na estatal quanto nos importadores de combustíveis que operam no Brasil.

Outro fator que deve pesar no bolso dos brasileiros é a alta do ICMS, que entra em vigor no próximo sábado (1º). O imposto estadual, definido pelo Confaz, terá aumento de R$ 0,10 na gasolina e R$ 0,06 no diesel, elevando os preços para R$ 1,47 e R$ 1,12 por litro, respectivamente. Essa medida, somada ao possível reajuste da Petrobras, pode trazer novos desafios para o controle da inflação e o custo de vida no país.

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